É um dos
métodos de diagnóstico por imagem, assim como a radiologia, a tomografia
computadorizada, a ressonância magnética e a ultrassonografia. Seu
funcionamento é simples e baseia-se em reações químicas do metabolismo humano.
Os nossos ossos, por exemplo, são compostos de cálcio, fósforo e outros
minerais. Quando essas substâncias aparecem no organismo, os ossos
imediatamente as atraem para si. O que a medicina nuclear faz é tirar proveito
desse fenômeno bioquímico. Primeiro, os médicos misturam o fosfato - substância
que contém fósforo - com outra substância de baixa radioatividade. Essa
mistura, chamada de radiofármaco ou contraste radioativo, é injetada na veia do
paciente e logo os ossos começam a extrair o fosfato da corrente sangüínea. A
pessoa é deitada, então, em uma mesa especial que possui um cristal acima e
outro abaixo.
"A
radioatividade emitida pelo fosfato e, conseqüentemente, pelos ossos, propaga
ondas eletromagnéticas que sensibilizam os cristais, fazendo-os cintilar e
mandando essas informações para o computador. O resultado é um desenho quase
perfeito dos contornos de cada osso da pessoa. Por isso, o nome do exame é
cintilografia. No caso de qualquer alteração - um câncer, por exemplo -, a
tendência é de que, na região afetada, o osso atraia muito mais fosfato que um
osso saudável. "Assim, na imagem produzida pelo computador, as regiões
afetadas brilham mais intensamente", diz o cirurgião Jairo Wagner, da
Sociedade Brasileira de Biologia e Medicina Nuclear e também responsável por
esse setor no Hospital Albert Einstein. O exame pode ser feito em qualquer
parte do corpo, com radiofármacos específicos para cada uma delas.
Já o nome
"medicina nuclear" vem do fato de a radioatividade ser um fenômeno
que ocorre no núcleo dos átomos. Além de diagnósticos, a técnica também pode
ser utilizada para o tratamento de doenças como as disfunções da tireóide.
by: Victória Bertozi dos Santos
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